Em declarações à agência Lusa, o dirigente sindical António Baião disse que somente 30% dos trabalhadores dos 170 escalados para o serviço de hoje estiveram a trabalhar para assegurar os serviços mínimos.
"Fizemos uma proposta de aumento salarial de 90 euros acima dos salários base, que ainda não tem resposta, embora no dia 22 [de janeiro] haja uma reunião com a empresa", referiu o sindicalista.
Os trabalhadores pretendem também que o horário de trabalho seja reduzido faseadamente das 40 para as 35 horas semanais e que seja reconhecida a sua "antiguidade e saber".
Na sexta-feira, além dos trabalhadores do setor da alimentação, também os da lavandaria e resíduos de todas as unidades do Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra (CHUC), do IPO e do Hospital Sobral Cid vão estar em greve pelos mesmos motivos.
Todos estes trabalhadores, que no total são cerca de 800, vão concentrar-se em frente à entrada principal dos Hospitais da Universidade de Coimbra e deslocar-se, em cordão humano, até à Praça 08 de maio, onde contam ser recebidos pelo presidente da Câmara Municipal.
"Queremos dar visibilidade ao protesto, que é em nosso benefício, mas também da população, que terá serviços de melhor qualidade", frisou António Baião.
No caderno reivindicativo, António Baião salienta ainda a necessidade da administração central repor o número de trabalhadores necessários à prestação de serviços de qualidade aos utentes.
Segundo o dirigente sindical, os setores da alimentação, lavandaria e resíduos estão com dificuldades em recrutar trabalhadores devido aos salários baixos e ao facto de laborarem aos fins de semana e feriados.
Por outro lado, acrescentou, é necessário também que a administração central invista nas instalações e equipamentos que estão "um caos, face ao desinvestimento dos últimos anos".
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