O Sindicato Nacional dos Técnicos Superiores de Saúde das Áreas de Diagnóstico e Terapêutica (SNTAADT), que representa a classe de profissionais, prevê que a adesão à greve ronde os 80% a nível nacional e que sejam afetados todos os serviços de saúde, com especial incidência nos blocos operatórios, altas e internamentos hospitalares, diagnósticos diferenciados, planos terapêuticos em curso, distribuição de medicamentos e prevenção em saúde.

O arranque da ação de protesto será assinalado com uma manifestação junto ao Ministério da Saúde, a iniciar-se quarta-feira pelas 15 horas.

"Há 16 anos que sucessivos governos reconhecem a desatualização da carreira dos técnicos de diagnóstico e terapêutica, sendo, atualmente, o único grupo de licenciados do Serviço Nacional de Saúde que não tem uma carreira compatível com o seu nível de qualificação", lamenta o sindicato representativo do setor, que se insurge contra o facto de o acordo que visa a revisão da atual carreira ter voltado ao início, após as negociações feitas com o Governo anterior.

Ainda de acordo com o sindicato, com esta desregulação das condições de trabalho, "estima-se que, em 2019, 70% dos profissionais não tenham uma carreira profissional, abrindo-se a porta a todo o tipo de arbitrariedades e ausência de direitos destes trabalhadores".

"Objetivamente, o Governo não cumpre as suas promessas de promoção da contratação coletiva, relegando os técnicos superiores das áreas de diagnóstico e terapêutica a mera mercadoria do Serviço Nacional de Saúde, remunerada ao nível dos saldos mais básicos", lamenta ainda o SNTAADT.

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