13 de fevereiro de 2013 - 14h22
Suplementos de vitamina B9 (ácido fólico) antes e no início da gravidez reduzem em perto de 40 por cento o risco de autismo do recém-nascido, indica um estudo publicado esta quarta-feira no Journal of the American Medical Association (JAMA).
“Os resultados confirmam trabalhos anteriores sobre a importância do ácido fólico para o desenvolvimento do cérebro e aumentam a possibilidade de um importante e barato meio de prevenção para reduzir o autismo”, considerou Ezra Susser, professor de epidemiologia na Universidade de Columbia em Nova Iorque e co-autora do estudo.
A investigação internacional foi realizada na Noruega com cerca de 85.000 crianças nascidas entre 2002 e 2008.
A redução clara do risco de autismo foi constatada “nas crianças cujas mães tinham tomado vitamina B9 entre quatro semanas antes do início da gravidez e oito semanas depois”, explicou Pal Surén, epidemiologista no Instituto Norueguês de Saúde Pública e líder da investigação.
Os investigadores não conseguiram, no entanto, estabelecer uma ligação entre a vitamina B9 e um menor risco da síndroma de Asperger, uma forma de autismo.
Já tinha sido demonstrado que a falta de vitamina B9 durante a gravidez aumentava o risco de malformações do sistema nervoso primitivo do embrião.
O ácido fólico é indispensável para a síntese do ADN e para o processo de reparação do organismo. A vitamina é produzida naturalmente a partir do folato que se encontra em abundância sobretudo nos vegetais de folhas verdes, nas ervilhas, lentilhas, feijão e ovos.
Lusa