O director-geral da Saúde garantiu que o risco de contrair a «super bactéria» é «praticamente inexistente», sublinhando que os viajantes não precisam de tomar outras medidas de precaução que não as habituais.
«O risco de adquirir na comunidade uma infecção bacteriana provocada por esta estirpe é muito baixo, é praticamente inexistente», disse à Lusa Francisco George.
Por este motivo, «os viajantes não têm de tomar medidas de precaução complementares para além das habituais», adiantou.
Em comunicado, a Direcção Geral de Saúde (DGS) acrescenta que «em Portugal não foram, até ao momento, identificadas infecções provocadas por bactérias produtoras da enzima carbapenemase New Delhi metalo-Beta-lactamase 1 (NDM-1), vulgarmente designadas por super bactérias».
No mesmo comunicado, é também esclarecido que o Sistema Nacional de Saúde já «recebeu orientações para poder assegurar, rapidamente, diagnóstico laboratorial e adopção de medidas de prevenção e de controlo adequadas».
De acordo com Francisco George, isso significa, tal como está descrito numa orientação da DGS, que o laboratório que detecte «uma estirpe suspeita deve notificar, de imediato, o requisitante, a Comissão de Controlo de Infecção (CCI), em caso de laboratório hospitalar, e a DGS».
Nessa altura, «as CCI, perante a situação, devem investigar se a estirpe foi isolada em doente proveniente de país afectado ou provindo de outra instituição hospitalar».
A reacção da DGS surge um dia depois das autoridades de Brasília terem confirmado que subiu para 18 o número de pessoas que morreram este ano na cidade vítimas da bactéria conhecida como KCP, considerada hiper-resistente aos antibióticos.
Fonte: Lusa
2010-10-22
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