O projeto intitulado “HaPILLness” desenvolveu uma “solução inovadora e não invasiva” para administração oral de fármacos a roedores usados em ensaios pré-clínicos de laboratório e que pode “representar o fim de um processo penoso para as cobaias”, afirmou o IPC, numa nota de imprensa enviada à agência Lusa.

Os animais de laboratório passam a ter pequenas gomas coloridas que ingerem de forma voluntária, ao invés de lhes ser administrada a dosagem precisa do composto a testar por meio de uma sonda gástrica.

A equipa de trabalho é composta por Sofia Viana, Sara Nunes e Pedro Vieira, num projeto que resulta de uma parceria entre o IPC e a Universidade de Coimbra (UC).

O “HaPILLness” vai agora concorrer a nível nacional com os vencedores apurados nos restantes Politécnicos da rede Poliempreende.

Este projeto vai participar na Semana do Empreendedorismo, a realizar de dia 12 a 15, em Braga, numa organização do Instituto Politécnico do Cávado e Ave.

Os promotores recebem ainda um prémio monetário no valor de 2.000 euros e 12 meses de incubação no INOPOL - Academia de Empreendedorismo do Politécnico de Coimbra, para apoio ao desenvolvimento do projeto e à constituição da empresa.

De acordo com a nota, o concurso regional realizou-se na quarta-feira, no auditório do INOPOL, perante um júri constituído por representantes do CEC - Câmara de Comércio e Indústria do Centro, IAPMEI - Agência para a Competitividade e Inovação, Associação Nacional de Jovens Empresários (ANJE), Instituto Pedro Nunes (IPN) e IPC.

A sessão de apresentação dos ‘pitchs’ dos finalistas do concurso contou com um total de 11 projetos, sendo que foram submetidas 24 ideias de negócio de áreas científicas diversas.

O projeto “Luxifer”, desenvolvido por uma equipa de estudantes e docentes do Instituto Superior de Engenharia de Coimbra (ISEC), conseguiu a segunda posição.

“Trata-se de uma solução IoT para controlo e monitorização inteligente de luminárias LED [sigla em inglês de diodo emissor de luz], através da adaptação do seu funcionamento às necessidades horárias, ambientais e/ou vontade dos utilizadores”.

Já em terceiro lugar ficou o “ARMedLearn”, um ‘software’ de realidade aumentada (RA) para simulação de procedimentos invasivos não cirúrgicos, criado por uma equipa de estudantes do ISEC.

Além dos prémios monetários, ambos os trabalhos terão também acesso a serviços de incubação no INOPOL, assim como a uma rede de contactos e parceiros do ecossistema empreendedor, para alavancar os projetos e dar origem a novas empresas.