“Saberão os estudiosos que em Castelo Branco [maternidade] também nascem crianças da Sertã, Proença-a-Nova, Oleiros, Vila Velha de Ródão, Idanha-a-Nova e Penamacor”, questionou, em comunicado, a USCB.
Os sindicalistas realçaram que é público o estudo que aponta para o encerramento da maternidade no HAL em Castelo Branco, “com o argumento de que pela A23 [Autoestrada da Beira Interior] qualquer grávida chega à Covilhã em 40 minutos, mas será que querem que as crianças comecem a pagar portagens antes de nascerem?”.
O Expresso ‘online’ adiantou que o grupo de peritos encarregue de propor uma solução para as urgências de obstetrícia e blocos de partos nos hospitais do SNS propôs ao Governo o fecho do atendimento SOS em dois hospitais da Grande Lisboa e dois na área geográfica da administração regional de saúde do Centro: as urgências obstétricas de Vila Franca de Xira, Barreiro, Covilhã e Castelo Branco.
A direção da USCB salientou que “não pode ficar indiferente ao estudo de régua e esquadro”, baseado na existência de uma autoestrada, e que a concretizar-se “prejudicará as populações dos concelhos já referidos, e significará mais um desincentivo para a fixação de jovens casais”.
“A USCB e os sindicatos que a integram rejeitam o encerramento da maternidade [em Castelo Branco] e exortam os trabalhadores e as populações a defendê-la”.
O presidente da Câmara de Castelo Branco, Leopoldo Rodrigues, (PS) considerou “completamente descabida” a possibilidade do encerramento da urgência da maternidade do HAL e estranhou que se faça essa proposta sem ouvir os interlocutores locais.
Também os deputados do PSD eleitos pelos círculos eleitorais da Guarda e Castelo Branco questionaram o Governo sobre o possível fecho de blocos de partos nos dois distritos e pediram que “clarifique a sua posição” sobre o assunto.
Os dois deputados sociais-democratas consideraram que, “face ao alarmismo social que foi criado junto das populações, importa que o Governo clarifique a sua posição” sobre o assunto.
Assim, “para além da rápida divulgação pública do documento final produzido no âmbito do grupo técnico”, defenderam que possa esclarecer se é ou não sua intenção “encerrar algum/uns dos blocos de partos supramencionados”.
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