A Unidade de Cuidados Continuados da Associação de Reformados e Idosos da Freguesia de Amora (ARIFA), no Seixal, está pronta a receber utentes desde o final de junho, mas continua de portas fechadas.
Segundo a Administração Regional de Saúde de Lisboa e Vale do Tejo (ARSLVT), o protocolo que permite a abertura está para breve.
Em declarações à agência Lusa, o presidente da ARIFA, Fernando Sousa, afirmou que a associação “está a viver uma situação dramática” e que “se esta questão não se resolve até ao final deste mês vai ser preciso despedir pessoas”.
“Esgotámos a nossa capacidade financeira e a continuar assim – com o equipamento pronto a funcionar mas ainda de portas fechadas, à espera da assinatura do acordo de cooperação com a ARSLVT e com a Segurança Social, – não conseguimos cumprir com os fornecedores nem com os funcionários”, acrescentou.
Em causa, disse o presidente da ARIFA, estão, ao todo, 35 postos de trabalho: “Temos cinco pessoas já contratadas, mais cinco que terminaram estágio profissional no dia 15 e que estão pré-contratadas, mais 15 enfermeiros e auxiliares de ação médica cujos contratos estão apalavrados. As pessoas têm tudo pronto, exames de saúde feitos, etc.”.
O responsável lembrou que “este equipamento é muito necessário” e que “há utentes à espera dos seus serviços”.
Em resposta às questões colocadas pela agência Lusa, Pedro Alexandre, vogal do conselho diretivo da ARSLVT, referiu, por e-mail, que o acordo ainda não foi assinado porque “apenas muito recentemente [a 27 de junho,] ficaram cumpridos todos os requisitos legais e formais indispensáveis”.
O responsável esclareceu que a ARSLVT é “completamente alheia” ao atraso na reunião destas condições.
Pedro Alexandre assegurou ainda que “a assinatura do acordo entre a entidade, a ARSLVT e o centro regional da Segurança Social de Setúbal deverá ocorrer na próxima semana”.
No final da semana passada a ARSLVT contactou por e-mail a associação, solicitando o nome de uma pessoa que representasse a ARIFA na assinatura do protocolo mas, até agora, Fernando Sousa não recebeu indicação de qualquer data para que isso aconteça.
Esta Unidade de Cuidados Continuados Integrados de Longa Duração e Recuperação dispõe de 30 camas e começou a ser construída em março deste ano, na sequência da aprovação da candidatura à primeira fase do Programa Modelar.
Custou cerca de 1,4 milhões euros, repartidos entre a associação (400 mil euros), o Estado (750 mil euros, dos quais ainda falta entregar 140 mil à associação, segundo o presidente) e a Câmara do Seixal (250 mil euros).
20 de julho de 2011
Fonte: Lusa
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