Os médicos portugueses foram dos poucos entre os países da OCDE que tiveram uma redução da sua remuneração entre 2010 e 2017, enquanto os enfermeiros em Portugal são dos que menos recebem.

Portugal surge ainda como um dos quatro países da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico com maior prevalência de casos de demência entre a população, além de ser o quinto país com maior consumo de antidepressivos.

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O país mantém-se ainda entre os 10 dos mais de 30 analisados em que a taxa de cesarianas é mais elevada, com 32,5% dos partos, acima dos 28% da média.

O relatório “Health at a Glance 2019” analisa ainda os hábitos de vida saudáveis e não saudáveis, como o tabagismo e o consumo de álcool.

Quanto ao álcool, os portugueses reduziram em cerca de dois litros o consumo per capita entre 2007 e 2017, bebendo em média 10,7 litros por ano, o que coloca Portugal no 11.º lugar dos países da OCDE com maior consumo.

No capítulo da qualidade dos cuidados de saúde, o relatório traça um panorama da sobrevivência de doentes com alguns tipos de cancro, mas com dados do período 2010/2014.

A sobrevivência de doentes com cancro de mama cinco anos após o diagnóstico era em Portugal de 87,6% acima da média da OCDE de 84,5%, segundo dados de 2010 a 2014.

O relatório mostra ainda que Portugal é um dos países da OCDE com maior percentagem de doentes em cuidados continuados que contraíram pelo menos uma infeção associada aos cuidados de saúde.

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O isolamento de bactérias resistentes a antibióticos em doentes de cuidados continuados em Portugal também apresenta as percentagens mais elevadas dos países analisados, com 46,2%, quase o dobro da média da OCDE (26,3%).

No capítulo do financiamento, Portugal surge como um dos países em que os gastos diretos das famílias em saúde cresceram entre 2009 e 2017. No último ano analisado, o que é pago diretamente pelo bolso dos portugueses representava já 28% das despesas nacionais em saúde.

Aumentou ainda em Portugal o número de portugueses com seguros privados. Em 2017 eram já 27% os portugueses que tinham um seguro privado de saúde, quando em 2000 não chegavam a 20%.