A ministra da Saúde, Ana Jorge, defendeu hoje que as unidades terapêuticas comunitárias na área da saúde mental são um meio para melhor inserir os doentes na comunidade e reduzir os internamentos.
“São espaços que se deslocam para a comunidade, através de equipas multidisciplinares, e criam um local onde os doentes, com patologias mentais mais complexas, podem encontrar um espaço de hospital de dia, de centro de dia e de atividades, evitando em muito a necessidade de internamentos”, afirmou à Lusa a ministra da Saúde.
Ana Jorge falava à margem da cerimónia de inauguração do Espaço Terapêutico Comunitário e Saúde Mental do Centro Hospitalar Psiquiátrico de Lisboa (CHPL) em Vila Franca de Xira.
“É muito mais fácil para o doente que tem uma patologia mental ir a um espaço destes do que a um hospital psiquiátrico”, afirmou a ministra, acrescentando que “o doente sente-se menos estigmatizado”.
Ana Jorge realçou ainda a importância deste serviço para o novo Hospital de Vila Franca de Xira.
“O futuro hospital terá um serviço de psiquiatria que contará com este espaço na comunidade”, disse, sublinhando que se trata de “um grande avanço na melhoria e no respeito dos direitos humanos do doente mental”.
A atividade de ambulatório na área da saúde mental funcionava, até agora, em instalações provisórias no Hospital Reynaldo dos Santos um dia por semana. No entanto, a nova unidade vai agora permitir uma atividade diária na reabilitação de pessoas com doença mental grave.
A nova unidade representa um investimento de cerca de 26 mil euros e foi financiada por fundos próprios do CHPL.
10 de maio de 2011
Fonte: Lusa/SAPO
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