
A notícia é avançada esta quinta-feira (29/12) pelo jornal Público.
Em julho, o objetivo era contratar 736 médicos. Agora, são 349. Parte da fatia vai para o Centro Hospitalar do Algarve, onde a falta de médicos já levou à demissão de cinco dirigentes clínicos.
É preciso preencher 46 vagas nos três hospitais e nas três urgências básicas que fazem parte do Centro Hospitalar do Algarve.
O Governo decidiu por isso abrir um concurso para a contratação urgente de 349 médicos para as várias unidades do Serviço Nacional de Saúde (SNS), sejam centros de saúde ou hospitais. O procedimento foi lançado esta segunda-feira (26/12) pela Administração Central do Sistema de Saúde, através da publicação em Diário da República do aviso de abertura do concurso. É uma espécie de prenda de Natal atrasada.
Os interessados têm apenas cinco dias para apresentarem as suas candidaturas devido ao carácter de urgência do concurso.
Em declarações ao jornal Público, o bastonário da Ordem dos Médicos, José Manuel Silva diz que a contratação é "um momento de viragem".
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A abertura deste concurso acontece depois do anúncio da reposição do pagamento de horas extraordinárias aos médicos, previsto no Orçamento do Estado para 2017. "A conjugação destas duas medidas “irá resolver muitos dos constrangimentos existentes tanto nos serviços, como nas urgências", comentou ao referido jornal José Manuel Silva.
De acordo com o jornal Público, as especialidades em que faltam mais médicos são medicina interna, pediatria médica, anestesiologia, cirurgia geral, psicologia, ginecologia e obstetrícia.
Demissões no Algarve
Cinco responsáveis demitiram-se na semana passada, argumentando "problemas estruturais" que tardam em ser resolvidos. Na carta que enviaram à Administração Central dos Sistemas de Saúde, os médicos diziam que a situação torna "completamente impossível" o exercício das funções de chefia, no centro hospitalar algarvio.
Em comunicado enviado à agência Lusa, o Centro Hospitalar do Algarve considerou o concurso "de extrema importância, já que o preenchimento das vagas permitiria resolver alguns dos principais constrangimentos sentidos, devido à falta de recursos humanos nas especialidades médicas mais carenciadas".
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