
"A questão deve ser vista com serenidade e não passa necessariamente por medidas proibicionistas. Vai ser avaliada, com recurso ao conhecimento científico, provavelmente também discutida no parlamento", respondeu Maria Manuel Leitão Marques aos jornalistas na conferência de imprensa do Conselho de Ministros de hoje quando questionada sobre as medidas a adotar a propósito do sarampo.
De acordo com a ministra da Presidência, a informação científica "mostra que Portugal está até numa boa situação em matéria de prevenção nesse domínio e até comparado com outros países onde a vacinação é obrigatória não está em pior situação, está em melhor".
"Isto apenas para mostrar que aquilo que somos levados a pensar por um caso dramático e muito triste, sobretudo para a família que perdeu a sua filha, não deve levar a decidir-nos em cima da hora sem reflexão necessária, que deve ocorrer em torno destas matérias", ressalvou.
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Maria Manuel Leitão Marques acrescentou ainda que o ministro da Saúde "também vai acelerar um pouco a medida que estava prevista no Simplex 2016, mas apenas para o final do ano, do boletim de vacinas eletrónico".
"Este vai permitir um conhecimento mais simples por parte das escolas se a criança está ou não vacinada do que o atual suporte para essa informação", concretizou.
O sarampo é uma doença altamente contagiosa causada por um vírus, sendo mesmo das infeções virais mais contagiosas. Geralmente é propagada pelo contacto direto com secreções nasais ou da faringe e por via aérea. Pode ser prevenido através da vacinação.
Segundo dados da Organização Mundial da Saúde (OMS), em 2015 morreram em todo o mundo mais de 134 mil pessoas devido ao sarampo, o que significa 367 óbitos diários e 15 por hora.
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