O presidente da Sanofi, Olivier Bogillot, explicou hoje aos parceiros sociais que a supressão dos 1.700 empregos na Europa se deve a uma reorganização que tem a ver com uma “nova estratégia” do grupo farmacêutico.
Este plano de rescisões abrangerá 1.000 dos 25.000 funcionários que trabalham em França, disse à agência France Presse Olivier Bogillot, sendo que a Sanofi emprega 100.000 pessoas em todo o mundo.
Em dezembro do ano passado, o grupo farmacêutico francês anunciou que queria racionalizar os custos, apresentando um objetivo em termos de poupança de 2.000 milhões de euros até 2022, nomeadamente através da paragem da investigação sobre a diabetes, um dos principais negócios, bem como na área cardiovascular.
O plano de rescisões, que em França irá ser feito “exclusivamente de forma voluntária” decorrerá durante três anos, sendo que tem a ver, “em particular, com contratos permanentes” de pessoal administrativo, com funções comerciais e de plataformas relacionadas com investigação, especificou Bogillot.
Para segunda-feira está agendada uma reunião para “dar a conhecer plano estratégico” aos parceiros sociais franceses, disse o presidente da Sanofi, sem especificar qual a indemnização que seria atribuída aos funcionários nem o valor global para financiar as rescisões voluntárias.
O grupo farmacêutico prevê pagar este ano um dividendo aos acionistas superior ao do ano fiscal anterior, no montante global de quase 4.000 milhões de euros, ao contrário do que fizeram muitas empresas que reduziram ou não pagaram os dividendos aos acionistas por causa da pandemia de covid-19.
A Sanofi, que é um dos principais ‘players’ mundiais na produção de vacinas, está atualmente a trabalhar no desenvolvimento de duas vacinas contra a covid-19.
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