O risco é maior em mulheres cujos tumores originais eram grandes e afetaram quatro ou mais gânglios linfáticos, revela o estudo publicado na revista científica New England Journal of Medicine.
Os cientistas analisaram dados de 88 testes clínicos que envolveram cerca de 63.000 mulheres com cancro de mama com recetores de estrogénio - um tipo comum de cancro conhecido como RE-positivo, no qual os tumores são alimentados por esta hormona.
As pacientes do estudo receberam terapia endócrina - como o tamoxifeno, que é o padrão terapêutico para reduzir o risco de recorrência do tumor - durante cinco anos e não desenvolveram nova doença quando pararam a terapia. Mas os investigadores encontraram um risco "estável" de recorrência de tumores nos 15 anos seguintes, até 20 anos após o diagnóstico inicial.
"Embora essas mulheres tenham permanecido sem recorrência nos primeiros cinco anos, o risco do cancro voltar em outros lugares - por exemplo no osso, fígado ou pulmão - do ano cinco ao ano 20 permaneceu constante", comentou o autor sénior do estudo Daniel Hayes, professor da Universidade do Michigan.
As mulheres cujos tumores originais eram grandes o suficiente para se terem espalhado para quatro ou mais gânglios linfáticos tinham um risco de 40% de recorrência do cancro nos 15 anos seguintes. Para as mulheres com um tumor pequeno e sem disseminação, o risco era de 10% em 15 anos.
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