O programa Rede de Vigilância de Vetores (REVIVE) identificou em três anos quase 78 mil mosquitos em 44 concelhos e não foram encontradas espécies invasoras ou vírus que provoquem doenças ao homem.
Os mosquitos existentes em Portugal podem ser incómodos mas as suas picadas não provocam mais que uma comichão e uma "baba". No entanto, as autoridades mantêm-se vigilantes e pretendem reforçar o controlo nos portos e aeroportos e a comunicação entre as actividades de vigilância de controlo.

O objectivo é detetar se existem mosquitos infectados que possam transmitir ao homem doenças, como a malária ou o dengue.

A investigadora do Centro de Estudos de Estudos de Vetores e Doenças Infecciosas do Instituto Nacional de Saúde Ricardo Jorge e responsável pela coordenação do programa REVIVE nesta entidade, Maria João Alves, disse à agência Lusa que "em Portugal continental não existe o vector do dengue, o mosquito foi identificado há alguns anos na ilha da Madeira, mas neste momento não há mosquitos infectados".

"Estamos a fazer vigilância e qualquer alteração no número de espécies, por exemplo detectar espécies invasoras ou mosquitos infectados, pode levar a atitudes de tomada de controlo e de prevenção", salientou.

Nos três anos de existência do REVIVE foram identificados "67.431 mosquitos adultos e 10.279 mosquitos imaturos em 44 concelhos de Portugal. Foram identificadas 20 espécies de mosquitos, não foram identificadas espécies invasoras", resumiu.

15 de março de 2011

Fonte: SAPO/LUSA