7 de maio de 2014 - 11h11

O alargamento da cobertura da rede nacional de reumatologia vai ser discutido no XVII Congresso Português de Reumatologia, que arrancou hoje, em Albufeira, adiantou à Lusa o secretário geral da Sociedade Portuguesa de Reumatologia, Fernando Pimentel-Santos.

“Temos uma rede nacional de reumatologia que já foi elaborada há muitos anos e que precisa de uma adaptação à realidade atual do país e isso é vital para que haja uma correta referenciação dos doentes com patologia reumática aos reumatologistas”, explicou aquele responsável.

O congresso, onde participam mais de 600 profissionais, desde reumatologistas a médicos de clínica geral, ortopedistas, psicólogos, enfermeiros e nutricionistas, entre outros, decorre no CS Palácio de Congressos do Algarve, em Albufeira, até 10 de maio.

Para esta edição, a organização escolheu o tema “Inovação e Regeneração em Reumatologia”, que motivará a reflexão sobre novas formas de diagnóstico e novas vias fisiopatológicas de doenças como a osteoporose e o lúpus.

“O objetivo deste congresso é debater e discutir as técnicas e soluções inovadoras que têm surgido no sentido de controlar a progressão e a atividade das doenças e garantir aos doentes uma vida o mais normal possível”, explica a organização em comunicado.

O programa inclui a apresentação de alguns resultados do estudo ReumaCensos – EpiReuma.pt, o primeiro inquérito nacional, que contou com a colaboração da Universidade Católica, sobre a prevalência das doenças reumáticas e que pretende obter informação relevante para o desenvolvimento do Plano Nacional contra as doenças reumáticas.

Segundo Fernando Pimentel-Santos, as conclusões deste estudo, realizado entre 2011 e dezembro de 2013, só deverão estar concluídas entre julho e agosto, tendo destacado que os dados irão permitir saber com rigor a prevalência das doenças reumáticas em Portugal e também o seu impacto em termos sociais, pessoais e familiares assim como estas doenças motivam reformas antecipadas, absentismo e os consumos de recursos de saúde.

Para esta quarta-feira, 07 de maio, está marcado um curso prático de ressonância magnética nuclear nas espondilartrites, que capacita os especialistas na interpretação de imagens de ressonância magnética e facilitar o diagnóstico precoce da espondilartrite axial.

A espondilartrite axial é um tipo de artrite inflamatória que envolve a coluna vertebral ou as articulações sacroilíacas e inclui a espondilartrite axial sem evidência radiográfica e a espodilite anquilosante, cujo sintoma principal é a dor lombar.

Lusa