
A desculpa de que as urgências tiveram que responder a picos de afluência não serve de justificação, conclui a Entidade Reguladora da Saúde em relação a pelo menos seis processos que resultaram em morte e que esta segunda-feira são divulgados no site do órgão.
De acordo com a entidade reguladora, os hospitais já tinham sido informados, através do plano de contingência para o inverno elaborado anualmente pela Direção-Geral da Saúde, da possibilidade de se verificar um aumento da afluência de doentes durante o inverno, nomeadamente devido à gripe, escreve o jornal Público.
A ERS emitiu, por isso, instruções e instaurou processos de monitorização à atuação de seis hospitais que foram notícia por causa da morte de doentes que aguardaram várias horas nas urgências, acabando por morrer, alguns antes de receber assistência médica.
A ERS refere ainda, de acordo com o mesmo jornal, que os hospitais têm de avisar os doentes quando há picos de procura para que estes possam procurar outros serviços de urgência.
Caso do David, dezembro 2015
A Entidade Reguladora da Saúde (ERS) informa ainda que recomendou em julho ao Hospital de São José que transferisse doentes com rutura de aneurisma cerebral para outras unidades hospitalares com capacidade para fazer cirurgia ao fim de semana.
Segundo um relatório publicado esta segunda-feira no seu site, o regulador abriu um processo de inquérito para averiguar o que se passava no Hospital de São José, na sequência de notícias que davam conta de que os doentes que entravam naquela unidade com rutura de aneurisma cerebral, a partir das 16h00 de sexta-feira, teriam de esperar até segunda-feira para serem tratados.
Comentários