A região Norte vai contar com 733 novas camas na rede de cuidados de saúde dedicados a pessoas dependentes, quando concluídas as obras dos 19 projetos de construção, ampliação ou remodelação de unidades de cuidados continuados aprovados pelo ON.2.

Na cerimónia de contratualização de parte deste novos projetos, que hoje decorreu no Porto, o presidente da CCDR/N, Carlos Lage, considerou tratar-se de “um programa de financiamento sem precedentes e sem paralelo a nível nacional”.

Este pacote de aprovações representa um investimento total na ordem dos 42 milhões de euros, apoiado em 30 milhões pelo Programa Operacional Regional do Norte (ON.2), através de fundos comunitários.

Além de permitir melhorar a prestação de cuidados de saúde continuados, sustentou Carlos Lage, este é “um programa que terá efeitos muito positivos sobre a atividade económica num curto espaço de tempo, assim como na criação de emprego”.

O gestor do programa, Carlos Duarte, sublinhou esta ideia, referindo que será criado “emprego qualificado” para profissionais de saúde, nas áreas da enfermagem, medicina, fisioterapia e outros.

Com estes 19 novos projetos e face às necessidades estimadas pela Administração Regional de Saúde do Norte neste domínio, a região Norte garante 47 por cento das camas necessárias nas unidades de cuidados de longa duração (394 das 829), 22 por cento das camas em falta nas unidades de convalescença (105 das 484) e 91 por cento no caso das unidades de média duração.

“Não tendo sido possível financiar a totalidade das candidaturas – apenas as que tinham prioridade elevada no quadro do levantamento das necessidades - foi possível garantir a seletividade, a qualidade e o impacto, mas simultaneamente uma dimensão na oferta que não tem igual noutra região do país”, frisou Carlos Duarte.

As intervenções serão levadas a cabo pelas misericórdias dos diversos concelhos da região Norte, fundações, instituições particulares de solidariedade social e centros sociais, entre outras entidades sem fins lucrativos.

Os investimentos mais elevados estão previstos para unidades de cuidados continuados de Bragança e da Maia, com 2,6 milhões de euros de financiamento comunitário para cada um dos casos.

Nenhum dos projetos aprovados prevê a criação de uma unidade de cuidados paliativos. De acordo com o levantamento feito, seriam necessárias 40 novas camas para responder às necessidades atuais da região.

Lusa

18 de agosto de 2011