Um estudo publicado pela revista científica da Ordem dos Médicos, assinado por investigadores  do Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge, sublinha que "a presença de múltiplas doenças crónicas, em simultâneo, na mesma pessoa é um problema de saúde reconhecido" que tenderá a aumentar nos próximos anos por causa do envelhecimento da população. A notícia é avançada hoje pela TSF.

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Os doentes com multimorbilidades são pacientes que têm necessidades de saúde acrescidas devido à presença de duas ou mais doenças crónicas, o que representa custos em termos de cuidados de saúde e saúde pública.

O estudo detetou uma prevalência de 38,3% de portugueses com idades entre os 25 e 74 anos que têm duas ou mais doenças crónicas.

Mulheres mais afetadas

Segundo o estudo, 28% têm mesmo três ou mais doenças deste tipo. No sexo feminino a prevalência da multimorbilidade ronda os 43,4%, descendo para os 32,7% no caso dos homens.

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O mesmo estudo também salienta o facto da multimorbilidade ser mais comum em grupos com menos escolaridade.

Para ambos os sexos, a patologia mais comum é a hipertensão (25,1% nos homens e 26,1% nas mulheres), seguida da hipercolesterolemia (23,7% e 25,7%).

Para Guilherme Quinaz Romana, um dos investigadores responsáveis pela análise, explica que estes números são relevantes para perceber como se devem organizar os serviços de saúde.