Quase 50.000 adolescentes morrem anualmente no mundo devido a complicações na gravidez e no parto, alertou hoje a ONG Save the Children, adiantando que perto de um milhão de bebés de jovens mães morre anualmente com menos de 1 ano.
No relatório "Como o Planeamento Familiar Salva a Vida das Crianças", citado pela agência AFP, a organização não-governamental britânica refere que uma rapariga em cada cinco é mãe antes dos 18 anos, o que faz com que o risco de morrer durante a gravidez e o parto seja cinco vezes mais elevado para uma adolescente com menos de 15 anos do que para uma mulher de 20 anos.
Para a Save the Children, os bebés têm ainda 60 por cento mais probabilidades de morrer se a mãe tiver menos de 18 anos.
A organização pede, por isso, aos dirigentes mundiais, entre outras medidas, que aumentem a disponibilidade de métodos contraceptivos.
O relatório alerta ainda para os riscos das gravidezes com intervalos muito próximos, estimando que um intervalo de 3 anos entre dois nascimentos permitiria evitar anualmente 1,8 milhões de mortes de crianças com idade inferior a 5 anos.
A Save The Children realça que as gravidezes na adolescência estão "intrinsecamente ligadas" aos casamentos precoces, estimando em 10 milhões o número de menores de 18 anos que se casam anualmente.
Na África Central, 59 por cento das raparigas entre os 15 e os 19 anos são casadas, no Bangladesh 46 por cento e na Índia 30 por cento, de acordo com a ONG.
27 de junho de 2012
@Lusa
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