O bastonário da Ordem dos Médicos Dentistas disse à agência Lusa que se apresentaram 187 candidaturas à segunda fase das experiências que têm colocado dentistas nas unidades de cuidados de saúde primários em Portugal.

Orlando Monteiro da Silva manifestou-se ainda satisfeito com a criação do grupo de trabalho para enquadrar a atividade dos médicos dentistas nos cuidados primários do SNS.

No ano passado começaram treze experiência-piloto com médicos dentistas em centros de saúde, que vão ser alargadas a cerca de 50 unidades de saúde dos cuidados primários das cinco regiões do país. É para este alargamento que se candidataram 187 equipas, devendo o Ministério da Saúde estar neste momento a analisar as propostas. O Ministério da Saúde tem assumido que é necessário enquadrar os profissionais de saúde oral no SNS e admite criar uma carreira que regulamente esta atividade dos médicos dentistas.

Segundo um despacho hoje publicado em Diário da República, o grupo de trabalho agora criado tem de definir o conteúdo das funções da atividade do médico dentista e a especificidade do seu vínculo de emprego público e a forma de integrar os profissionais na carreira da administração pública.

De acordo com Orlando Monteiro da Silva, trata-se de definir de “forma adequada” e estável a integração dos médicos dentistas na administração pública, estando em causa mais de 50 profissionais, não apenas os que integram as experiências-piloto, mas os que já trabalhavam nos centros de saúde.

15 alimentos que os dentistas não comem

“Pretende-se estabelecer as bases técnico-científicas e jurídicas para a criação de algo inovador e que definitivamente consagre os médicos dentistas como profissionais de elevado valor no SNS, nomeadamente nos cuidados primários”, refere o despacho hoje publicado.

O grupo integra um elemento da Ordem dos Médicos Dentistas, outro da Direção-geral da Saúde, um representante da coordenação nacional para a reforma do SNS e outro da Administração Central do Sistema de Saúde.