Na conferência de imprensa diária do Centro de Coordenação de Contingência do Novo Tipo de Coronavírus, as autoridades lembraram que mais de 1.700 pessoas continuam em quarentena, na sequência do agravamento da situação epidemiológica no território e na China.
Em 03 de agosto, a identificação de quatro casos da variante delta do novo coronavírus levou o Governo a alertar que o território estava “em risco de sofrer um surto” comunitário, desencadeando uma série de restrições em Macau, com o encerramento de espaços públicos e a suspensão ou cancelamento de atividades que levassem à aglomeração de pessoas, além de a realização de uma operação de testagem maciça da população.
Com mais de 710 mil testes negativos, as autoridades descartaram a realização de um segundo teste à população, a menos que sejam detetadas infeções entre as pessoas em quarentena.
Por outro lado, o médico do Centro Hospitalar Conde de São Januário, Tai Wai Hou, sublinhou que a “população está ciente da gravidade da pandemia” e tomar a vacina é “o meio mais eficaz para combater a doença”, “construir uma barreira imunológica na comunidade” e assim ficar protegido e regressar a um vida normal.
O Centro de Coordenação de Contingência do Novo Tipo de Coronavírus sublinhou que 18 postos de vacinação estão atualmente disponíveis em Macau, que podem atender, diariamente, mais de dez mil pessoas, existindo ainda vagas suficientes para vacinação sem marcação prévia.
Durante o dia, a população de Macau começou a receber nos telemóveis uma mensagem de texto de apelo à vacinação, enviada pelos Serviços de Saúde.
“Face ao agravamento da situação epidémica, de modo a proteger-se, proteger a sua família e ajudar a comunidade a construir uma barreira imunológica em Macau, deve vacinar-se o mais rápido possível”, podia ler-se na mensagem.
Até agora, 243.941 pessoas receberam as duas doses necessárias para completar a vacinação contra a covid-19, iniciada no território, com mais de 680 mil residentes, em fevereiro.
Desde o início da pandemia, Macau diagnosticou 63 casos, dos quais 58 importados e cinco relacionados com casos importados. Já tiveram alta 57 pessoas e não há registo de qualquer infeção entre os profissionais de saúde.
A covid-19 provocou pelo menos 4.303.610 mortes em todo o mundo, entre mais de 203,3 milhões de infeções pelo novo coronavírus registadas desde o início da pandemia, segundo o mais recente balanço da agência France-Presse.
Em Portugal, desde março de 2020, morreram 17.502 pessoas e foram registados 990.293 casos de infeção, segundo a Direção-Geral da Saúde.
A doença respiratória é provocada pelo coronavírus SARS-CoV-2, detetado no final de 2019 em Wuhan, cidade do centro da China, e atualmente com variantes identificadas em países como Reino Unido, Índia, África do Sul, Brasil ou Peru.
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