Desenvolvido pelo Instituto das Irmãs Hospitaleiras do Sagrado Coração de Jesus, o projeto vencedor do 12.º Prémio Maria José Nogueira Pinto “contribui para a melhoria do bem-estar e da saúde de 24 pessoas adultas com doença mental e/ou deficiência intelectual internadas na Casa de Saúde da Idanha. Através de atividades de confeção e venda de produtos alimentares de pastelaria, serviço de catering, combate ao desperdício alimentar e reciclagem pretende promover um ambiente de empoderamento e inclusão na comunidade”, informa em comunicado a entidade promotora do prémio.

O júri distinguiu ainda, com Menções Honrosas, os projetos “Escola de Talentos”, da Ponto de Apoio à Vida - Associação de Solidariedade Social, de Lisboa; e “TREVO - Tratar, Revitalizar, Empoderar & Viver Origens”, do Centro Social do Vale do Homem, em Braga.

Para a decisão do júri na escolha do vencedor pesaram, em especial, três fatores: a promoção do desenvolvimento, empoderamento e inclusão de uma população marginalizada e altamente estigmatizada, para a qual, tipicamente, não existem muitas respostas e, também, a promoção de uma economia circular.

O Atelier “Açúcar e Canela” é uma resposta inclusiva que, através da venda de alimentos de pastelaria e da realização de “mini caterings” para reuniões de equipa, contribui diretamente para o bem-estar e a saúde dos participantes. Alívio de sintomas ligados à doença, melhoria da capacidade de socialização, motivação para novas aprendizagens e recuperação de experiências antigas, aumento da autoestima e valorização pessoal são alguns dos benefícios enumerados pela instituição.

“O projeto destacou-se pelo impacto na sociedade em geral, combatendo o estigma associado à doença mental e deficiência intelectual. Além disso, fomenta ainda uma cultura ambiental e ecológica na instituição, através da sensibilização para o combate ao desperdício alimentar e a importância da reciclagem”, lemos no já referido comunicado.

O valor do Prémio destina-se a apoiar as várias atividades do projeto, através da aquisição de eletrodomésticos, utensílios e uniformes, mas também da dinamização de workshops inclusivos para a comunidade em geral e da participação em ações de formação específicas na área da pastelaria e catering. Pretende-se ainda implementar um processo de embalamento ecológico e sustentável, criar uma plataforma e um quiosque ambulante, para divulgação e venda dos produtos, e criar um doce conventual baseado em receitas antigas da Casa Saúde da Idanha.

O Prémio MSD | Maria José Nogueira Pinto, no valor total de 20 mil euros, que distingue o trabalho desenvolvido por pessoas, individuais ou coletivas, que se destaquem no contexto da responsabilidade social, avalia anualmente dezenas de candidaturas de projetos desenvolvidos em território nacional e ilhas.