14 de agosto de 2013 - 17h21
Um total de 45 clínicos portugueses concorreram ao programa de atração de médicos, lançado pelo Governo brasileiro, colocando o país como o quarto com mais candidatos, atrás de Espanha, Argentina e Cuba, segundo o Ministério da Saúde do Brasil.
O programa Mais Médicos visa ampliar o atendimento médico principalmente em regiões carentes do norte e nordeste do país e municípios na periferia dos grandes centros brasileiros. No total, 1618 pessoas inscreveram-se no programa, dos quais 522 são médicos que atuam no exterior (este número refere-se a brasileiros com diploma no exterior, mas também estrangeiros).
De entre os estrangeiros (358), os argentinos foram a nacionalidade que mostrou maior interesse, com 141 médicos inscritos; seguidos por Espanha, com 100; Cuba, com 74; e Portugal, com 45. A Venezuela ocupa o quinto lugar na lista, com 42 profissionais.
Os 1.618 médicos selecionados pela primeira rodada do programa representam apenas 10,5 por cento do total de vagas abertas pelo Governo. A ação pretende preencher 15.460 vagas, para trabalharem em 3.511 municípios onde foi identificada falta de médicos.
A partir de agora, o governo brasileiro irá pedir da expedição do visto especial para os estrangeiros e conclusão da documentação que permitirá ao médico atuar no município para o qual foi selecionado.
Os médicos receberão um registo profissional provisório, que dá direito a atuar apenas na saúde básica e na região para a qual foi contratado.
O governo brasileiro irá suportar com os custos da passagem, facilitando a documentação também para os cônjuges e filhos que os acompanhem.
Inicialmente, os médicos receberão um curso de duas semanas sobre saúde pública brasileira e de idioma, para os que não possuem o português como língua natal, passando por uma avaliação ao final.
Os cursos terão lugar em oito capitais (Porto Alegre, São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Brasília, Salvador, Recife e Fortaleza) e apenas após a avaliação serão encaminhados às cidades para as quais foram selecionados. A previsão é de que o atendimento tenha início na segunda quinzena de setembro.
Lusa