O evento, que junta cerca de 250 pessoas, vai ser "mais um passo" para se encontrar "a melhor estratégia para promover uma aprendizagem" que acompanha a evolução da medicina nuclear - uma especialidade que se tem desenvolvido "a um ritmo muito intenso", disse à agência Lusa o presidente da comissão organizadora do encontro, João Pedroso Lima.
Segundo o responsável, "há um grande caminho a percorrer" por parte de Portugal "e de outros países" na adaptação dos programas formativos a uma nova realidade, em que surgem aspetos que "não são da medicina nuclear".
O surgimento de equipamentos híbridos e a junção de equipamentos de medicina nuclear aos de radiologia "obriga, por parte dos profissionais, a um conhecimento das técnicas para se tirar o maior aproveitamento", sublinhou o também presidente do Colégio de Medicina Nuclear da Ordem dos Médicos.
Os programas de formação "têm de envolver conteúdos que não são tradicionalmente de medicina nuclear".
O também diretor da Unidade de Gestão Intermédia de Meios Complementares de Diagnóstico do CHUC sublinhou ainda que, a nível nacional, há uma "imensa falta de físicos com formação em medicina nuclear", bem como de farmacêuticos especializados. "É necessária uma maior intensidade de formação de físicos médicos", frisou.
O evento, que começa na sexta-feira no centro de congressos do CHUC, às 09h00, termina ao fim da manhã de sábado.
Ao longo dos dois dias será debatida a formação e treino de medicina nuclear dos diferentes profissionais, bem como uma técnica híbrida que ainda não é aplicada em Portugal.
O evento conta com a participação de alguns especialistas estrangeiros, como Francesca Pons, do Hospital Clínico de Barcelona, Valerie Lewington, do King´s College de Londres, e Jan Pruim do Centro Hospitalar e Universitário de Groningen.
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