Fonte ligada à investigação disse hoje à agência Lusa que o juiz determinou que todos os detidos, dois homens e três mulheres, ficassem inibidos de exercer funções.
A detenção destes elementos decorreu durante uma operação que envolveu buscas a clínicas médicas, residências e empresas e que investiga crimes de corrupção, burla qualificada, falsificação de documento e propagação de doença.
Segundo um comunicado da Polícia Judiciária (PJ) sobre a "Operação Terapia" em causa estava um esquema fraudulento de prestação de tratamentos não comparticipados por qualquer subsistema de saúde, sobretudo, pelo Instituto de Proteção e Assistência na Doença (ADSE).
Os atos em investigação, adiantou a PJ no dia das detenções, relacionavam-se com a realização de ozonoterapias, que não são comparticipadas pelos subsistemas de saúde, e que eram realizadas por profissionais não habilitados.
Existiam indícios de que os suspeitos convenciam os utentes que a ozonoterapia era eficaz no tratamento da covid-19 ou que lhes permitia ganhar imunidade, explorando a fragilidade e vulnerabilidade de pessoas receosas do vírus ou mesmo infetadas.
Nestas clínicas realizavam-se ainda análises clínicas, designadamente para deteção de infeção por SARS-Cov-2 sem as condições necessárias.
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