O presidente da empresa, Jan Swartz, que já viu dois dos seus cruzeiros afetados pelo surto do novo coronavírus, anunciou que vai parar a frota de 18 navios até 10 de maio.

“Com esta ação de interromper voluntariamente as operações dos nossos navios, a intenção é dar aos nossos leais clientes, equipas e acionistas a confiança no nosso compromisso com a saúde, a segurança e o bem-estar de todos os que viajam connosco, negociam connosco e dos países e comunidades que visitamos”, esclareceu Swartz.

Os cruzeiros em curso e programados para terminar nos próximos cinco dias vão concluir as suas viagens normalmente.

Já aqueles com mais dias pela frente, serão encurtados e os passageiros vão desembarcar num local “conveniente”, explicou a empresa.

Para os clientes que compraram uma viagem durante as datas afetadas pela suspensão da operação, a Princess Cruises propõe que utilizem esse dinheiro em outro cruzeiro futuro à sua escolha, ou, então, podem solicitar o reembolso do valor, através do seu ‘site’, de acordo com um vídeo divulgado nas redes sociais da empresa.

A Princess Cruises, com sede na Califórnia, pertence ao grupo Carnival, cujas ações cotadas na Bolsa de Nova Iorque caíram cerca de 16%, meia hora após o início das negociações.

A empresa foi particularmente afetada pelo novo coronavírus, depois de um de seus navios, o Diamond Princess, ter sofrido um surto com mais de 700 casos de Covid-19 e várias mortes, obrigando-o a ficar em quarentena num porto japonês.

Em outro dos seus navios, o Grand Princess, foram também registados cerca de vinte casos da doença, na semana passada, situação que obrigou a desembarcar passageiros na Califórnia, para serem transferidos para instalações de isolamento.

O novo coronavírus responsável pela Covid-19 foi detetado em dezembro, na China, e já provocou mais de 4.600 mortos em todo o mundo, levando a Organização Mundial de Saúde a declarar a doença como pandemia.

A China registou nas últimas 24 horas 15 novos casos de infeção pelo novo coronavírus (SARS-CoV-2), o número mais baixo desde que iniciou a contagem diária, em janeiro.

Até à meia-noite de quarta-feira (16:00 horas em Lisboa), o número de mortos na China continental, que exclui Macau e Hong Kong, subiu em 11, para 3.169. No total, o país soma 80.793 infetados.

Face ao avanço da pandemia, vários países têm adotado medidas excecionais, incluindo o regime de quarentena inicialmente decretado pela China na zona do surto.

A Itália é o caso mais grave depois da China, com mais de 12.000 infetados e pelo menos 827 mortos, o que levou o Governo a decretar a quarentena em todo o país.

A Direção-Geral da Saúde atualizou hoje o número de infetados, que registou o maior aumento num dia (19), ao passar de 59 para 78, dos quais 69 estão internados.

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Como se transmite um coronavírus?