Em funções há um ano, a Direção Executiva do Serviço Nacional de Saúde, dirigida pelo médico Fernando Araújo, ainda não tinha regulamentação sobre o seu funcionamento. Os estatutos foram publicados em portaria depois de o Presidente da República ter insistido na necessidade de se definir o novo quadro orgânico do SNS.
Este encontro de António Costa com Fernando Araújo, no Hospital de São João, Porto, acontece também quando se verificam constrangimentos nos serviços de urgência de vários hospitais do SNS devido à recusa de mais de 2.000 médicos em fazerem horas extraordinárias, além das 150 obrigatórias.
Esta crise levou Fernando Araújo a reunir-se durante todo o dia de sábado passado com mais de 150 profissionais de várias especialidades e dirigentes de cerca de quatro dezenas de hospitais.
Já esta quinta-feira, à saída de mais uma ronda negocial em que o Governo apresentou uma proposta, o ministro da Saúde, Manuel Pizarro, explicou que as negociações com os sindicatos dos médicos serão retomadas na próxima semana, uma vez que a Federação Nacional dos Médicos (Fnam) decidiu manter a greve de 17 e 18 de outubro.
O Ministério da Saúde prevê, na proposta apresentada aos sindicatos, um suplemento de 500 euros mensais para os médicos que realizam serviço de urgência e a possibilidade de poderem optar pelas 35 horas semanais.
Fontes socialistas disseram à Lusa que o primeiro-ministro defendeu na quarta-feira durante um encontro com deputados do PS que a proposta de Orçamento do Estado para 2024 tem dotação suficiente para o setor.
As mesmas fontes adiantaram que a reunião de António Costa com o diretor executivo do SNS terá como temas centrais as Unidades Locais de Saúde (ULS), as Unidades de Saúde Familiares (USF) e os serviços de urgência.
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