O líder chinês vai reunir com moradores, médicos, doentes e políticos locais, detalhou a agência.

Situada no centro da China, a cidade de Wuhan foi colocada sob quarentena, em 23 de janeiro, com entradas e saídas bloqueadas.

A visita surge no dia em que a China regista o menor número de novos casos, 19, desde que a contagem começou a ser feita a nível nacional.

Xi Jinping chegou de avião à capital da província de Hubei, onde várias outras cidades foram submetidas a medidas semelhantes de isolamento.

No total, Hubei soma 3.024 mortes e 67.760 casos confirmados de infeção pelo COVID-19.

O novo coronavírus surgiu em dezembro passado, em Wuhan, antes de se espalhar por todo o país e além-fronteiras.

Mais de 110.000 pessoas foram infetadas em todo o mundo, entre as quais 4.000 morreram, a grande maioria na China.

A propagação da doença provocou forte descontentamento popular no país asiático, sobretudo depois de acusações públicas de que as autoridades silenciaram denunciantes e ocultaram informações cruciais, facilitando o alastramento do surto.

Depois de ter desaparecido da imprensa oficial durante o pico da crise, Xi Jinping voltou a ser destaque no noticiário da televisão estatal, como o líder da "guerra popular" contra o surto.

No final de janeiro passado, quando o país registava milhares de novos casos por dia, foi o primeiro-ministro chinês, Li Keqiang, a dar a cara no combate ao surto, tendo inclusive visitado Wuhan.

As falhas iniciais foram, entretanto, atribuídas a funcionários municipais e provinciais, entretanto afastados.

A visita de Xi pode indicar que o Partido Comunista está confiante que o vírus foi contido, depois de o país ter estagnado ao longo de quase dois meses, com centenas de milhões de pessoas impedidas de regressarem ao trabalho.