A ministra da Saúde, Ana Jorge, anunciou à Lusa que mais 40 médicos colombianos "estão a chegar" a Portugal e serão distribuídos pelas zonas "mais carenciadas" do país, como Lisboa, Alentejo e Centro.
"Estão a chegar mais 40 médicos colombianos ao nosso país, que serão distribuídos pelas zonas do país mais carenciadas, nomeadamente no Alentejo, zona Centro e também em Lisboa", adiantou a ministra, em declarações à Lusa.
Ana Jorge fez um balanço positivo da presença em Portugal dos 42 médicos colombianos, a trabalhar em 18 centros de saúde há um mês.
"O balanço é extremamente positivo, porque permitiu que muitos doentes tenham tido acesso a um médico e a às devidas consultas, no entanto, o melhor balanço quem o pode fazer são os próprios utentes", afirmou.
A chegada dos clínicos gerou críticas por parte da Ordem dos Médicos (OM) e dos sindicatos do setor, que acusam os médicos de não terem a especialidade de Medicina Geral e Familiar.
As críticas foram refutadas pela ministra da Saúde, Ana Jorge, que assegurou que os médicos colombianos "têm capacidade para trabalhar" e lembrou que muitos clínicos portugueses exercem as mesmas funções sem terem a especialidade.
"Nós sabemos que estes médicos não são médicos de família, mas fizeram os exames e a sua qualidade profissional foi reconhecida pela Ordem dos Médicos", disse na altura Ana Jorge, lembrando que a contratação de colombianos é uma forma de colmatar a falta de profissionais provocada pelos baixos "numerus clausus" de acesso à universidade no passado e o elevado número de reformas registadas em 2010 que levou o Ministério da Saúde a "procurar médicos com contrato por três anos".
A maioria dos médicos colombianos (29) está a exercer nos centros de saúde da região de Lisboa e Vale do Tejo: quatro em Algueirão/Rio de Mouro, três em Odivelas, três em Almada, três em Arco Ribeirinho, três em Seixal/Sesimbra, três em Setúbal/Palmela e três na Amadora.
Dois médicos exercem atividade em centros de saúde de Sintra, um em Cascais, um em Lisboa Oriental, um em Queluz/Cacém, outro em Lisboa Norte e outro em Oeiras.
Os restantes médicos (13) ficam no Algarve: cinco em Lagos, três em Portimão, dois em Loulé, dois em Albufeira e um em Silves.
18 de maio de 2011
Fonte: Lusa/SAPO
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