A britânica contou à BBC que decidiu submeter-se ao procedimento porque tinha demasiada pele na zona das pálpebras, o que lhe perturbava a visão e a incomodava do ponto de vista estético. Foi então por isso que decidiu pedir a ajuda de um médico.
"Removeram muita pele da minha pálpebra inferior. Por causa disso, as minhas pálpebras superiores não encontram as inferiores”, explica, citada pela estação de televisão
"Agora tenho uma condição médica chamada lagoftalmo, que é a incapacidade de fechar os olhos ao dormir. A minha vida resume-se ao alarme do meu telefone, que toca de duas em duas horas para eu colocar colírio nos olhos, e durante a noite colocar fita adesiva no olho esquerdo", relata a britânica cuja cirurgia ocorreu em 2012.
Dawn Knight sofre de ansiedade e está a fazer terapia do sono. Queixa-se ainda do facto do médico não a ter alertado para os riscos da cirurgia.
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Em Portugal também há médicos a fazer cirurgias plásticas sem habilitação
O cirurgião plástico Celso Cruzeiro, presidente da Sociedade Portuguesa de Cirurgia Plástica, Reconstrutiva e Estética, alertou em junho para a gravidade e consequências desastrosas de cirurgias plásticas realizadas por pessoas sem qualificações ou médicos de outras especialidades.
"Cada vez mais assistimos a processos em tribunal e na Ordem dos Médicos por problemas causados aos doentes que se submetem a intervenções por pessoas não habilitadas", disse o especialista que é o diretor do serviço de Cirurgia Plástica, Reconstrutiva e de Queimados do Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra.
"É um problema extremamente grave, que se tem vindo a agravar, prejudicando verdadeiramente a saúde dos doentes", acrescentou Celso Cruzeiro, salientando que a maioria das cirurgias praticadas respeita a atos aparentemente simples, como preenchimento faciais, lipoaspirações, mamoplastias e aplicação de injetáveis como botox, mas que "exigem conhecimentos básicos para serem aplicados".
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