Este artigo tem mais de 11 anos
Ação de inspeção a 24 estabelecimentos decorreu em maio em todo o país
12 de junho de 2013 - 14h10
Pelo menos 13 farmácias foram detetadas a fazer falsas devoluções de medicamentos a distribuidores para posterior exportação ilegal de remédios, revelou hoje no Parlamento o presidente da Autoridade do Medicamento (Infarmed).
Numa ação de inspeção a 24 estabelecimentos que decorreu de 27 a 31 de maio, o Infarmed diz ter detetado 13 farmácias a fazerem distribuição por grosso de medicamentos não autorizada.
As fiscalizações dirigiram-se a este universo concerto de farmácias que eram suspeitas de poderem estar a realizar esta prática ilegal, estando a decorrer no momento outras ações semelhantes, algumas das quais com a colaboração da Polícia Judiciária.
Na comissão parlamentar de Saúde, onde foi ouvido a propósito do tema, o presidente do Infarmed explicou que não foi detetada nenhuma farmácia a fazer exportação ilegal propriamente dita.
“O que algumas fazem é falsas devoluções de medicamentos em massa a um distribuidor que depois faz a exportação”, explicou.
No final da comissão, em declarações aos jornalistas, Eurico Castro Alves frisou que as farmácias são “instituições credíveis dirigidas por pessoas sérias”, havendo um “conjunto pequeno de prevaricadores, como em qualquer setor de atividade”.
Sobre a crise no setor das farmácias, o responsável disse apenas ter conhecimento do encerramento temporário de 18 estabelecimentos: oito em 2012 e 10 já este ano, num universo de quase 2.800 farmácias em todo o país.
Oficialmente, o Infarmed diz que tem conhecimento de 35 farmácias em processo de insolvência e assegura que “estão a ser estudadas medidas razoáveis que garantam a sua sustentabilidade”.
Além disso, há mais de 400 pedidos para abertura de novas farmácias.
Lusa
Comentários