Parece um penso rápido mas deteta a COVID-19 desde os primeiros sintomas de contaminação e já está a ser testado em humanos nos EUA. Desenvolvido por um grupo de investigadores da Northwestern University, em Evanston, no Illinois, o novo dispositivo tecnológico, que é colado na base da garganta e que é carregado com um carregador sem fios, permite antecipar o diagnóstico da doença e avançar para o seu tratamento antes do agravamento da infeção.
De acordo com a equipa que o desenvolveu, o novo gadget médico consegue medir "a intensidade e os [diferentes] níveis de tosse, os movimentos da parede torácica [que podem indiciar uma respiração irregular ou em esforço], os sons respiratórios, a frequência cardíaca e a temperatura corporal, incluindo a febre", esclarecem os cientistas em comunicado. Os dados recolhidos são, depois, enviados para uma aplicação móvel ligada ao aparelho para análise e monitorização.
Essa informação é, simultâneamente, remetida para um servidor protegido pela Health Insurance Portability and Accountability Act, uma lei aprovada pelos congressistas norte-americanos que reúne informaçõres de saúde. Os criadores do dispositivo dizem que pode ser usado pelos profissionais de saúde de primeira linha como forma de proteção da saúde pública. "Abre portas a novas estratégias de telemedicina", refere Arun Jayaraman, um dos autores do novo projeto.
"Os pacientes não têm de ir ao hospital para serem seguidos. Os médicos poderão examinar os dados dos pacientes através de um interface gráfico personalizado", sublinha o investigador da Northwestern University. Ainda em fase experimental e sem data de comercialização, o novo dispositivo tem estado a ser alvo de testes. Para os poderem realizar, em pacientes e em profissionais de saúde voluntários, os cientistas mandaram produzir uma dezena de equipamentos.
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