De acordo com o Vaticano, a oração do Angelus “terá lugar na biblioteca do palácio apostólico e não sobre a praça de São Pedro, a partir da janela”, uma decisão tomada “para evitar os riscos de difusão do COVID-19 ligados à formação de grupos de pessoas ligados aos controlos de acesso à praça de São Pedro”.
“A oração será transmitida em vídeo em direto através da cadeia Vatican News e através dos ecrãs sobre a praça de São Pedro, de maneira a permitir aos fiéis a participação”, pode ainda ler-se no comunicado citado pela agência France-Presse (AFP).
O Vaticano explicou ainda que a audiência semanal do Papa, na quarta-feira, “decorrerá nas mesmas condições” que a oração do Angelus.
O Angelus de domingo e a audiência de quarta-feira representam uma grande atração para os peregrinos e turistas que visitam Roma e o Vaticano com o objetivo de ver o Papa.
Paralelamente, até 15 de março, as missas na Casa de Santa Marta, a residência hoteleira onde vive o Papa, serão anuladas.
O Papa Francisco, de 83 anos, está há mais de uma semana sem abandonar a Casa de Santa Marta, a pequenos passos da basílica de Sâo Pedro.
A Cidade do Vaticano, o Estado mais pequeno do mundo, com 0,44 quilómetros quadrados, anunciou o seu primeiro caso do novo coronavírus na sexta-feira, detetado no seu centro médico situado perto de uma das portas de acesso ao território.
O surto de COVID-19, detetado em dezembro, na China, e que pode causar infeções respiratórias como pneumonia, provocou 3.491 mortos e infetou mais de 98 mil pessoas em 87 países e territórios, incluindo nove em Portugal.
Das pessoas infetadas, mais de 55 mil recuperaram.
Além de 3.070 mortos na China, há registo de vítimas mortais no Irão, Itália, Coreia do Sul, Japão, França, Hong Kong, Taiwan, Austrália, Tailândia, Estados Unidos da América e Filipinas, San Marino, Iraque, Suíça, Espanha, Reino Unido e Países Baixos.
Em Portugal, a Direção-Geral da Saúde (DGS) confirmou 13 casos de infeção.
A Organização Mundial de Saúde (OMS) declarou o surto de COVID-19 como uma emergência de saúde pública internacional e aumentou o risco para “muito elevado”.
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