10/01/2013 - 15h05

A Ordem dos Enfermeiros espera que durante o primeiro trimestre deste ano seja publicada a legislação que cria a figura do “enfermeiro de família”, para corrigir o défice de profissionais nos serviços de saúde, como alertou o FMI.

"Existe uma discrepância muito grande em Portugal, que está fora da linha da OCDE [Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico]" em relação ao número de médicos e enfermeiros, comentou o bastonário Germano Couto em declarações à agência Lusa.

No documento do Fundo Monetário Internacional com propostas para cortar nas despesas do Estado, divulgado na quarta-feira, é apontada como desajustada a proporção entre médicos e enfermeiros no Serviço Nacional de Saúde.
Germano Couto lembra que há 3,8 médicos e 5,7 enfermeiros por cada mil portugueses, quando o que é recomendado pelas instituições internacionais é de 3,1 médicos e 8,7 enfermeiros.

O bastonário considera, assim, que o Portugal tem três enfermeiros a menos por cada mil habitantes.

 “É preciso uma legislação de base que crie a figura do enfermeiro de família. Espero sinceramente que no primeiro trimestre deste ano esteja publicado este decreto-lei. Portugal, em 2000, assinou uma declaração onde se comprometeu a que cada português teria o seu enfermeiro de família e passados 13 anos ainda não é uma realidade”, comentou Germano Couto, ao encontro das indicações do documento do FMI.

Lusa