O presidente da SRCOM, Carlos Cortes, reuniu hoje com o Conselho de Administração (CA) da Unidade Local de Saúde (ULS) da Guarda, direção clínica e com o diretor do serviço de urgência, para avaliar a atual resposta nas urgências do Hospital Sousa Martins (HSM).
No final da reunião, o responsável disse aos jornalistas que não saiu daquela unidade de saúde “com a mesma preocupação” com que saiu de outros hospitais que visitou na região.
“O hospital da Guarda é um hospital que merece uma atenção muito especial do Ministério da Saúde”, disse, lembrando que a Ordem dos Médicos tem reunido com o CA e chamado a atenção para “muitas dificuldades” e “pedindo sempre ao Ministério da Saúde para intervir”.
Segundo o responsável, o CA da ULS da cidade mais alta do país, nos últimos meses, soube resolver algumas das dificuldades: “Mantêm-se, muitas delas, mas outras, como foi o caso do serviço de urgência e da contratação de alguns médicos especialistas para toda a ULS, são situações que estão no bom caminho”.
Carlos Cortes, que na visita esteve acompanhado pelo presidente do Conselho Sub-regional da Guarda da Ordem dos Médicos, José Manuel Rodrigues, sublinhou, no entanto, que no HSM “não está tudo bem”, como é o caso da urgência hospitalar que, “para poder funcionar de forma adequada”, tem “mais de 30 prestadores”.
“A primeira opção para um hospital é ter médicos do quadro que possam fazer a atividade de todo o hospital, tanto do internamento, como das consultas, como do próprio serviço de urgência”, disse.
Na sua opinião, “quando um hospital tem este nível de prestadores para assegurar a urgência é um mau sinal”.
A situação foi criada pelo Ministério da Saúde e o hospital da Guarda, “pelos seus próprios meios”, decidiu contratar médicos em regime de prestação de serviços “para poder colmatar as falhas graves que existiram na escala do serviço de urgência”, explicou.
Também referiu que, apesar de o Ministério da Saúde ter demonstrado “algum desprezo” pelo hospital, por iniciativa do CA da ULS foram contratados quatro médicos especialistas e doze médicos de família, o que considera “um sinal positivo”.
Na reunião de hoje, a SRCOM também ficou a saber que para o serviço de oftalmologia está a decorrer um concurso para a direção e poderá haver decisões “nas próximas semanas”.
“Segundo também aquilo que nos foi dito há médicos oftalmologistas que, depois desta estabilização feita, estariam interessados em vir trabalhar para este hospital, o que é, também, uma boa notícia”, rematou Carlos Cortes.
O presidente do Conselho Sub-regional da Guarda da Ordem dos Médicos, José Manuel Rodrigues, disse que recebeu com “agradável surpresa” as “boas notícias” transmitidas pelos elementos do CA da ULS da cidade mais alta do país.
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