A possibilidade de os videojogos darem origem a distúrbios patológicos (ou vícios) altamente prejudiciais à saúde tem sido uma questão há muito discutida e este seria o primeiro passo firme na direção do reconhecimento desse problema, escreve o jornal El País.

"Os profissionais de saúde devem reconhecer que os distúrbios relacionados com o jogo podem ter sérias consequências para a saúde", comenta o chefe do Departamento de Saúde Mental e Abuso de Substâncias da OMS, que confirma a notícia, em declarações ao New Scientist.

O vício em videojogos é caracterizado por um padrão de comportamento de jogo "contínuo ou recorrente" e, embora a definição ainda não tenha sido fechada, a OMS liga esta nova desordem a três condições negativas causadas pelo mau uso dos mesmos.

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A primeira é o não controlo do comportamento, frequência, intensidade, duração e contexto em que se joga; em segundo lugar, o aumento da prioridade dada aos jogos em detrimento de outros interesses; e em terceiro lugar, a manutenção do comportamento ou escalada do mesmo "apesar da ocorrência de consequências negativas".

Segundo o jornal espanhol, a desordem ou transtorno relacionado com o vício em videojogos refere-se aos jogos digitais que podem ser feitos através de uma ligação à internet, mas também sem ela.

Consultada, a OMS confirma a informação e prevê que o ICD-11 esteja pronto e atualizado já em 2018.