“Estamos preocupados com as informações sobre pressões localizadas em hospitais e sobrelotação em urgências, devido a confluência dos vírus respiratórios que estão a circular”, afirmou, em conferência de imprensa, o diretor da OMS para a Europa, Hans Kluge.
Na região europeia, que compreende 53 países e inclui a Rússia e várias antigas repúblicas soviéticas, as hospitalizações por gripe aumentaram 58%, nas últimas semanas, relativamente às anteriores, e as entradas nos cuidados intensivos cerca de 21%.
Os grupos mais afetados são os maiores de 65 anos e as crianças pequenas.
“Vemos uma grande intensidade de infeções por gripe em vários países da região. Os sistemas de saúde devem estar prontos para um provável aumento de casos de gripe nas próximas semanas”, disse Kluge.
O mesmo responsável sublinhou que, além da gripe e da COVID-19, confluíram nestas semanas também o vírus respiratório sincicial humano (VRS), além de outros patógenos como micoplasmas e sarampo, que infetaram sobretudo as crianças.
“Os índices de VRS alcançaram o pico antes do Ano Novo e estão a baixar agora, os de COVID-19 continuam elevados, mas a baixar, e os da gripe estão a crescer rapidamente”, afirmou Kluge, destacando que essa tendência não é necessariamente “fora do normal”.
Sublinhou ainda a importância de seguir de perto a evolução da gripe e de outros vírus respiratórios e criticou que 13 países da região não tenham facultado dados relativos à semana passada.
A diretora de programas de emergência, Catherine Smallwood, acentuou na mesma ocasião que a OMS não alterou no último ano os conselhos sobre o uso de máscaras e recordou que se mantém “uma forte recomendação” de as usar em unidades de saúde, sobretudo, onde há circulação de COVID-19.
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