“Qualquer nova escalada pode resultar numa catástrofe humanitária na Europa, incluindo um número significativo de vítimas e mais danos nos sistemas de saúde já frágeis”, refere a OMS Europa, numa declaração a propósito do conflito na Ucrânia.
A delegação regional da OMS na Europa adianta que está a trabalhar “em estreita colaboração com todos os parceiros” da ONU para “aumentar rapidamente” a prontidão de resposta à “emergência de saúde” esperada com o conflito.
“O direito à saúde e o acesso aos serviços devem ser sempre protegidos, inclusive em tempos de crise. Profissionais de saúde, hospitais e outras instalações nunca devem ser um alvo e devem continuar a responder às necessidades de saúde das comunidades”, sublinha a declaração, acrescentando que “a proteção dos civis é uma obrigação do direito internacional humanitário”.
A Rússia lançou hoje de madrugada uma ofensiva militar em território da Ucrânia, com forças terrestres e bombardeamento de alvos em várias cidades, que as autoridades ucranianas dizem ter provocado dezenas de mortos nas primeiras horas.
O Presidente russo, Vladimir Putin, disse que o ataque responde a um “pedido de ajuda das autoridades das repúblicas de Donetsk e Lugansk”, no leste da Ucrânia, cuja independência reconheceu na segunda-feira, e visa a “desmilitarização e desnazificação” do país vizinho.
O ataque foi de imediato condenado pela generalidade da comunidade internacional e motivou reuniões de emergência de vários governos, incluindo o português, da Organização do Tratado do Atlântico Norte (NATO), da União Europeia e do Conselho de Segurança da ONU.
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