“Eu diria que não estou excessivamente preocupado com o efeito da inflação sobre o orçamento para 2023, mas vivemos num cenário de incerteza que não nos permite ter uma resposta cabal para esta circunstância”, disse Manuel Pizarro durante uma audição nas comissões parlamentares de Orçamento e Finanças e de Saúde, no âmbito da apreciação na especialidade do Orçamento do Estado para 2023, adiantando que o “essencial do impacto da inflação nos custos da saúde já ocorreu em 2022”.
“Sendo este um orçamento que tem como base o orçamento executado em 2022, eu não espero que haja, nesta matéria, impacto significativo”, disse Manuel Pizarro, em resposta às questões colocadas pela deputada da Iniciativa Liberal Joana Cordeiro.
Segundo Manuel Pizarro, em algumas das rubricas da despesa do orçamento da Saúde, como os meios complementares de diagnóstico e terapêutica, os dispositivos médicos e os medicamentos, o Governo tem “espaço para uma negociação mais intensa” com a indústria.
“Vamos executar um programa acentuado de redução da dívida e temos a expectativa de que resulte em alguns ganhos”, afirmou Manuel Pizarro.
O ministro da Saúde considerou ainda que a inflação prevista para o próximo ano “é muito determinada por um cabaz inflacionista” que não tem uma repercussão no sistema de saúde na mesma proporção.
“Nós temos aumento de gastos na energia, mas não temos a percentagem que corresponde ao cabaz normal do aumento de custos”, disse.
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