Em comunicado enviado à agência Lusa, a Administração Regional de Saúde (ARS) do Alentejo revelou que foi assinado hoje o auto de consignação da obra, numa cerimónia com o presidente deste organismo, José Robalo, e representantes da Acciona.
“Foi, assim, dado mais um passo na concretização deste projeto”, o qual “trará importantes benefícios à população”, em termos “da proximidade, modernização e qualidade de prestação de cuidados de saúde”, destacou a ARS.
O novo hospital vai ficar situado na periferia da cidade de Évora e prevê-se “que possa servir como um polo de atração e desenvolvimento, melhorando também as condições de atratividade para profissionais de saúde na região”.
Segundo a ARS do Alentejo, o projeto envolve um investimento total de cerca de 210 milhões de euros, já que, aos cerca de 180 milhões da construção, se juntam perto de “mais 30 milhões” para “equipamento de tecnologia de ponta”.
Ao nível do equipamento, “destacam-se as componentes de radioterapia, de medicina nuclear e de procedimentos angiográficos de diagnóstico e terapêutica”, precisou.
Um nível de diferenciação que “permitirá responder às necessidades da população do Alentejo, na própria região, com benefícios óbvios de acesso e comodidade para os habitantes”, destacou a Administração Regional de Saúde do Alentejo.
O concurso público relativo à empreitada do novo Hospital Central do Alentejo foi ganho pelo grupo espanhol Acciona em abril do ano passado, tendo a construção sido adjudicada à empresa pela ARS em novembro desse ano.
Em declarações à Lusa, em março deste ano, quando ainda previa que as obras de construção arrancassem em maio, o presidente da ARS estimou que a nova unidade pudesse estar concluída “até dezembro de 2023”.
O edifício, cujo projeto conta com assinatura do arquiteto Souto de Moura, vai ocupar uma área de 1,9 hectares.
A lotação vai ser de “351 camas em quartos individuais, que pode ser aumentada, em caso de necessidade, até 487”, disse a ARS.
O novo hospital vai contar ainda com “30 camas de cuidados intensivos/intermédios e 15 de cuidados paliativos”.
Um total de 11 blocos operatórios, três dos quais para atividade convencional, seis para atividade de ambulatório e dois para atividade de urgência, cinco postos de pré-operatório e 43 postos de recobro serão outras das valências da infraestrutura.
A futura unidade hospitalar, há muito reivindicada na região, “vai, assim, dar resposta às necessidades de toda a população do Alentejo”, assinalou a ARS.
A área de influência de primeira linha vai abranger “cerca de 200 mil pessoas”, enquanto, numa segunda linha, está previsto que o equipamento dê resposta a “mais de 500 mil pessoas”, com a prestação de “cuidados de saúde diferenciados, com maior proximidade e acesso mais simples”, sublinhou.
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