Em apenas um dia houve mais sete mortos confirmados, face ao último balanço, em que o número de mortos era 1.339.
Desde o início da epidemia, declarada em agosto de 2018 na RDCongo, o número de infetados é de 2.008, dos quais 1.914 confirmados em laboratório, enquanto 539 pessoas já foram curadas.
De acordo com o Ministério da Saúde, há 281 casos suspeitos sob investigação e 14 novos casos confirmados em várias localidades da província de Kivu Norte: sete em Mabalako, três em Butembo, dois em Katwa, um em Mandina e um em Katunguta.
No entanto, a organização Médicos Sem Fronteiras (MSF), citada pela agência EFE, alertou na semana passada que o número de casos poderá ser muito superior aos números oficiais.
“O número real de casos de Ébola pode ser muito maior do que os números anunciados, porque os casos da comunidade não são reportados por falta de acesso de equipas de resposta”, explicaram fontes da agência humanitária à EFE.
Metade das mortes pela doença ocorreu fora dos centros de tratamento de Ébola, o que aumenta consideravelmente as hipóteses de contágio.
Além disso, 109 profissionais de saúde foram infetados com o vírus do Ébola, dos quais 37 morreram, de acordo com o Ministério da Saúde da RDCongo.
A epidemia de Ébola assola as províncias de Kivu Norte e Ituri, no nordeste da RDCongo, regiões em que atuam vários grupos armados.
Segundo a mesma fonte, estes ataques podem ter aumentado o número de pessoas infetadas pelo vírus do Ébola.
De acordo com os MSF, esta violência faz com que a população não procure atendimento nos centros especializados de tratamento.
Segundo o ministério, até domingo foram vacinadas 129.596 pessoas e foram atendidas 62.968.354 pessoas nos centros de tratamento.
A Organização Mundial da Saúde alertou no dia 10 de maio que poderá tornar-se impossível conter o surto de Ébola nas duas províncias do leste da RDCongo se continuarem os ataques violentos às equipas de saúde.
A RDCongo já foi atingida nove vezes pelo Ébola, depois da primeira manifestação do vírus no país africano, em 1976.
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