É mais uma ferramenta de monitorização. Em conjunto com o atual sistema de vigilância, um novo método, desenvolvido em Portugal por um grupo de investigadores do Instituto Gulbenkian de Ciência, em Oeiras, liderado por Joana Gonçalves-Sá, prevê o início da epidemia e antecipa os alertas oficiais atuais em várias semanas, permitindo aos serviços de saúde estarem preparados e darem uma melhor resposta ao surto.
O método utiliza informação de várias fontes e insere-a num modelo matemático e computacional que identifica as alterações no número de casos. O estudo que o suporta demonstra, ainda, que este método pode ser utilizado noutros países e ser aplicado a diferentes doenças sazonais. «Permite antecipar em seis semanas as previsões feitas com as práticas atualmente utilizadas», assegura a investigadora.
«O sistema começou a ser partilhado com o Instituto Nacional de Saúde Pública Ricardo Jorge em 2015/16 e, após um ano de intervalo, deverá ser disponibilizado novamente às autoridades de saúde antes da época de gripes, que tradicionalmente ocorre entre novembro e abril», avançou o jornal Diário de Notícias nos últimos dias do passado mês de agosto. A gripe mata anualmente meio milhão de pessoas em todo o mundo.
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