O muco de rã pode vir a ser uma nova arma para combater a gripe. Uma equipa de investigadores da Escola de Medicina da Emory University, na Geórgia, nos Estados Unidos da América (EUA), descobriu que a pele destes répteis é eficaz contra o vírus gripal H1. As conclusões do estudo que levaram a cabo sugerem mesmo a utilização desta substância para a criação de um novo tratamento contra a doença.
De acordo com os resultados da pesquisa, divulgada pela revista médica Immunity, o revestimento exterior destes animais integra agentes que protegem as rãs das agressões exteriores e de bactérias. Os cientistas identificaram quatro peptídeos capazes de neutralizar o vírus em ratos. Desses, apenas um, batizado urumina, é tóxico para os humanos. «Os peptídeos podem estar na origem de novos fármacos», diz Joshy Jacob.
Segundo o professor de microbiologia e imunologia da universidade, que coordenou o estudo, alguns dos agentes agora identificados podem vir a ser mais eficazes do que as vacinas. Depois da gripe, os investigadores da Escola de Medicina da Emory University voltam agora as atenções para outras doenças, na expetativa de se poder vir a usar o muco de rã para combater os vírus na origem do dengue, da SIDA e do ébola, além do do Zika.
Texto: Luis Batista Gonçalves
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