Atualmente, os tratamentos antirretrovirais permitem controlar o vírus nos pacientes seropositivos, mas não conseguem desfazê-lo definitivamente.
O VIH permanece alojado no corpo das pessoas submetidas aos tratamentos, sob a forma latente, mas volta logo que é interrompida a medicação.
Esta reserva viral - que até hoje nunca ninguém conseguiu eliminar definitivamente a longo prazo - é um dos maiores obstáculos na elaboração de um tratamento que permite garantir uma cura completa.
A experiência realizado pela Bionor na Universidade de Aarhus, na Dinamarca, em 20 pacientes seropositivos conseguiu, no entanto, desalojar o vírus inativo na reserva graças ao medicamento romidepsin, um anti-cancerígeno, e depois eliminá-lo parcialmente, escreve a agência France Presse.
Todos os doentes foram vacinados previamente com a Vacc-4x, um outro fármaco desenvolvido pela Bionor.
Após ativar o vírus, o que normalmente deveria acarretar a detenção do mesmo no sangue, a Vacc-4x eliminou células que o produzem levando-as a "um nível indetetável ou muito baixo no sangue em 15 dos 17 pacientes" que participaram no estudo, informou Jorgen Fischer Ravn, porta-voz da Bionor.
A estratégia de "ativar" o vírus inativo, expulsá-lo e eliminá-lo, conhecida em inglês como kick and kill, parece promissora, mas as experiências da Bionor ainda não foram validadas, nem publicadas por nenhuma revista científica de referência.
Com mais de 34 milhões de vítimas mortais em todo o mundo desde a sua deteção, o VIH, vírus causador da Sida, continua a ser um enorme problema de saúde pública, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS).
Em 2014, 36,9 milhões de pessoas viviam com VIH em todo o mundo.
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