O número de mortes em Portugal na transição de fevereiro para março foi inferior à média para o mesmo período nos últimos cinco anos, uma situação que não se verificava desde junho, segundo o Instituto Nacional de Estatística (INE).
O boletim estatístico sobre mortalidade no contexto da pandemia da COVID-19 divulgado hoje indica que entre 22 e 28 de fevereiro houve 2.506 mortes, menos oito do que a média, e entre 01 e 07 de março houve 2.299, menos 174 mortes do que a média das mesmas semanas entre 2015 e 2019.
Destes óbitos, 13,1% dos que aconteceram na última semana de fevereiro e 9,3% dos da primeira semana de março foram atribuídos à covid-19.
Os dados do INE indicam que o número de óbitos por COVID-19 foi de 328 e de 214, representando, respetivamente, 13,1% e 9,3% do total de óbitos.
Grupo 65-69 anos foi o único que viu o número de óbitos aumentar
Dos 4.805 óbitos registados entre 22 de fevereiro e 7 de março, 71,3% corresponderam a pessoas com idades iguais ou superiores a 75 anos. Comparativamente com a média de 2015-2019, o número de óbitos reduziu-se em todos os grupos etários, com exceção dos grupos 65-69 anos e 70-74 anos.
A maior redução verificou-se no grupo etário 80 a 84 anos, com menos 108 óbitos que a média 2015-2019 (-11,7%).
As regiões Norte, Centro e Área Metropolitana de Lisboa concentraram 81,7% dos óbitos nas semanas 8 e 9. Todavia, em termos de número de óbitos por 100 mil habitantes, apenas as regiões Alentejo (63,9), Centro (53,0) e Área Metropolitana de Lisboa (47,4) apresentaram valores superiores ao nacional (46,6).
Nas semanas 8 e 9, 63,4% dos óbitos ocorreram em estabelecimento hospitalar.
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