O encontro, chamado UNEA3, que começou hoje de manhã na capital do Quénia, pretende encontrar soluções para o impacto que a contaminação do ambiente tem na vida humana já que, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), 12,6 milhões de pessoas morreram por causas ambientais, em 2012.

O órgão máximo da tomada de decisão sobre o ambiente assinala a poluição do ar como o maior risco ambiental para a saúde, já que é responsável por sete milhões de mortes por ano.

Os poluentes de curta duração, como o carbono, metano, ozono e as partículas produzidas pelas operações industriais e a queima de gasóleo, carvão ou biomassa, são responsáveis por cerca de um terço das mortes por acidentes vasculares cerebrais, doenças crónicas respiratórias e cancro de pulmão, e por um quarto das mortes por ataque cardíaco.

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A UNEA3 transmite igualmente preocupação com a utilização de cerca de 100 mil diferentes tipos de químicos, incluindo o mercúrio, cádmio ou os contaminantes orgânicos persistentes, produtos que, se não forem usados corretamente, podem causar doenças como cancro ou problemas nos fetos.

Cerca de sete mil delegados de todo o mundo pretendem também encontrar soluções concretas para cerca de dois milhões de toneladas de resíduos despejados diariamente nos rios e que provocam, por exemplo, a morte de quatro mil crianças por dia por doenças causadas pela contaminação da água e por um saneamento incorreto.

O crescimento contínuo da quantidade de lixo produzido pelos humanos e a lentidão com que se degrada leva a que cerca de dois mil milhões de toneladas de plástico cheguem por ano aos oceanos, denunciou o organismo. As Nações Unidas pretendem que a Assembleia, que decorre até quarta-feira, consiga o apoio necessário dos Estados membros, assim como compromissos voluntários dos governos, entidades do setor privado e organizações da sociedade civil, para limpar o planeta.