"Ninguém descanse porque este ano não há, aparentemente, nenhum problema de falta de água", disse João Pedro Matos Fernandes aos jornalistas à margem da apresentação de um estudo sobre atitudes e comportamentos dos cidadãos em relação à água.

O ministro indicou que a campanha de sensibilização que começará em junho vai alertar para as consequências ambientais do desperdício de água, uma vez que os portugueses são sensíveis a esses argumentos.

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"Os portugueses não estão preocupados com uma rutura [no abastecimento] porque confiam nos seus sistemas e não pensam que é poupando água que vão poupar dinheiro".

João Pedro Matos Fernandes lembrou que Portugal está na bacia mediterrânica e que "há tendência para haver menos água", uma consequência das alterações climáticas.

No estudo da Águas de Portugal, conclui-se que os cidadãos sabem na teoria que a água é um bem que não dura sempre mas pouco fazem para gastar menos, apesar de conscientes do risco ecológico associado ao desperdício.

Há "dissonância entre as atitudes e os comportamentos" em relação à água, que a maior parte dos inquiridos percebe como escassa mas que continua a sair das torneiras em casa e lhe dá um "caráter 'inesgotável'", segundo a investigação.

Dos inquiridos, 83,3 por cento sabe que o planeta Terra não terá sempre água abundante e 76,1% recusa a ideia de que a crise ecológica por escassez de água é um exagero.

Mas, se por um lado, 88,8 por cento dos inquiridos considera que as pessoas não têm o direito de usar a água como quiserem, por outro, 61,8 % assume que consome mais água do que devia e precisa.