O ministro da Saúde, Paulo Macedo, revela que, apesar das "dificuldades" esperadas para este ano, o Governo vai "continuar a melhorar a oferta de serviços" na área da saúde, com a abertura de novas unidades.

"Temos um ano que se avizinha com dificuldades, mas também na área da Saúde as pessoas vão continuar a ter uma resposta certa, clara" e "com qualidade por todo o país", afiançou.

Paulo Macedo falava à agência Lusa, no primeiro dia de 2013, em Beja, após visitar o hospital local.

"É para isso que trabalharemos em 2013, não para assegurar apenas a sustentabilidade do Serviço Nacional de Saúde (SNS)" ao longo deste ano, mas "para o futuro", uma vez que "este mesmo SNS é essencial para a proteção da Saúde dos portugueses", disse.

Por isso, apesar da crise, o Governo pretende "continuar a melhorar a oferta de serviços" de Saúde pelo país, afiançou, dando como exemplo o Hospital de Todos-os-Santos, em Lisboa.

Segundo o governante, "foi despachada, há três dias, a criação do grupo de trabalho que vai analisar concretamente como se pode avançar" com este novo centro hospitalar, o qual, além de "substituir seis hospitais, vai mudar a face da oferta hospitalar em Lisboa".

Paulo Macedo enumerou ainda que há "um conjunto de hospitais" espalhados pelo país que vai "entrar em funcionamento" ao longo deste ano.

"Na semana passada tivemos oportunidade de ver o Hospital da Guarda, que deverá ficar ao serviço da população nos próximos meses", exemplificou.

O governante indicou igualmente os casos dos hospitais de Lamego, "que abrirá em breve", de Amarante, "que já abriu parcialmente e cujas fases seguintes serão também abertas" ainda durante o 1.º trimestre, e de Vila Franca de Xira, previsto para o 2.º trimestre.

Em relação a 2012, o ministro lembrou que o ano se "desenrolou num quadro de emergência nacional" e que, além de "medidas pontuais", foram implementadas "medidas absolutamente estruturais" para "tornar sustentável do Serviço Nacional de Saúde”.

A título de exemplo, Paulo Macedo destacou as "medidas estruturais determinantes" no que respeita à política do medicamento, as quais "deram resultados expressivos".

"As famílias portuguesas viram, de uma forma muito acentuada, uma baixa de preços dos medicamentos. Portanto, puderam ir às farmácias e ter medicamentos durante o ano a valores muito mais baixos", o que permitiu que "continuasse acessível o medicamento".

No que toca aos cuidados primários, o governante realçou o investimento em novos centros de Saúde, alguns dos quais já abriram, e em termos de médicos.

"O que queremos é que haja mais médicos de família para o maior número de portugueses e conseguimos isso com o acordo que fizemos com os sindicatos médicos, no sentido de haver um maior número de utentes que vai ser coberto por médicos de família", explicou.

02 de janeiro de 2013

@Lusa