“Estamos inteiramente de acordo sobre a necessidade de se escalpelizar até ao limite das nossas possibilidades cada um dos casos de óbitos ocorridos porque estamos a falar de óbitos de meninos”, afirmou aos jornalistas à margem da assembleia geral da Federação Europeia dos Reguladores da Medicina Dentária (FEDCAR), no Porto.
O presidente do Colégio de Pediatria da Ordem dos Médicos, Jorge Amil Dias, defendeu hoje na TSF que é preciso estudar, caso a caso, os números da mortalidade infantil de 2018, que registou o valor mais alto dos últimos cinco anos.
Apesar de considerar que não há razão para alarme, o pediatra entende que é preciso compreender este aumento com o devido rigor: "Há efetivamente uma pequena variação em relação aos números anteriores e faz todo o sentido que haja uma análise dessa variação, ver se há medidas a tomar".
O médico foi um dos consultores do grupo de trabalho criado pela Direção-Geral da Saúde (DGS), em janeiro, para estudar a mortalidade infantil.
Dois meses depois, a diretora-geral, Graça Freitas, revelou no parlamento que os peritos não encontraram causas concretas que justifiquem o aumento, mas considerou que as condições socioeconómicas podem estar a ter consequências na saúde das mães e dos recém-nascidos, adianta a TSF.
“Pese embora todos os intervenientes reconheçam que os números têm variações que em números absolutos são variações de pequenos números é importante perceber o que falhou em cada um dos casos porque só assim nos permitirá melhorar”, frisou Marta Temido.
Essa orientação já foi transmitida à DGS que está a desenvolver o seu trabalho, acrescentou.
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