A ronda negocial contará com a presença do Ministro da Saúde, Manuel Pizarro, e do secretário de Estado da Saúde, Ricardo Mestre, adianta o Ministério da Saúde em comunicado.
Previamente, na terça-feira, o secretário de Estado da Saúde receberá os sindicatos para uma reunião técnica dedicada a dois novos temas: regulamentação das Unidades de Saúde Familiar e dos Centros de Responsabilidade Integrados.
O ministro da Saúde já tinha anunciado hoje de manhã, em Vila do Conde, que iria convocar os sindicatos dos médicos para uma nova ronda negocial após as negociações terem sido interrompidas na sequência da demissão do primeiro-ministro.
O governante admitiu ainda aos jornalistas que já esteve mais otimista sobre as negociações com os médicos porque não tem visto do lado daqueles profissionais de saúde “nenhuma aproximação” às posições do Governo.
“Para ser franco já estive mais otimista porque, a verdade, o que eu tenho visto nos últimos meses é o Governo a aproximar-se das posições e das reivindicações dos médicos e tenho visto que do outro lado não há nenhuma aproximação em relação a questões que eu acho que, algumas delas, os portugueses compreendem muito bem”, afirmou Manuel Pizarro à margem do 5.º Congresso Internacional e 12.º Encontro Nacional de Paramiloidose para Técnicos de Saúde, que decorre esta manhã em Vila do Conde, no distrito do Porto.
O Sindicato Independente dos Médicos (SIM) e a Federação Nacional dos Médicos (Fnam) têm exigido o retomar das negociações com a tutela, por considerarem que o Governo está em plenitude de funções e que não deve empurrar os problemas do Serviço Nacional de Saúde para o próximo executivo.
A última reunião entre o Ministério da Saúde e os sindicatos médicos estava agendada para dia 08 de novembro, mas foi cancelada na sequência do primeiro-ministro, António Costa, ter pedido a demissão.
Também hoje, à margem de uma conferência sobre seguros em Lisboa, o ministro das Finanças, Fernando Medina, questionado sobre se o Governo ia voltar às negociações com os médicos, disse que o Governo está condicionado na sua ação.
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